O DESEQUILIBRO 
SOCIAL E CULTURAL DO POVO BRASILEIRO
Recebi por E-mail, um programa em 
forma de slides, com mensagens, com o título “Precisa-se de matéria prima 
para construir um país”. autor: João Ubaldo 
Ribeiro. Ele fala da falta de conceito, caráter, honestidade, educação, 
crença das pessoas que vem atingindo a população brasileira. 
A mensagem começa afirmando “... 
a crença geral anterior era que Collor, não servia, bem como Itamar Franco e 
Fernando Henrique. Agora se diz que o Presidente Lula também não serve. E o que 
vier depois de Lula também não servirá.” O que levanta a suspeita de que o 
problema não está só nos políticos e sim nas pessoas, sem distinção. O problema 
está em nós, POVO BRASILEIRO! 
Se não 
vejamos:
- A virtude mais apreciada hoje, é a 
ficar rico da noite para o dia, deixando de lado a preocupação da formação dos 
conceitos morais de uma família. 
- Vivemos num país em que os 
trabalhadores desonestos carregam do seu local de trabalho, papéis, canetas, 
lápis, clipes, cola, etc., para suprirem as necessidades escolares dos filhos, 
alegando que os salários recebidos são considerados insuficientes para a 
manutenção básica da família.
- As pessoas se sentem o máximo 
quando conseguem puxar a programação da TV a Cabo do vizinho ou burlar a 
declaração do Imposto de Renda para tirar proveito financeiro.
- A falta de pontualidade se tornou 
um hábito. 
- As pessoas atiram lixo nas ruas e 
nos terrenos baldios e jogam a culpa no Governo por não cuidar da limpeza 
pública.
- Os congressistas trabalham só dois 
dias na semana e ao invés de trabalhar pelo povo, se beneficiam em proveito 
próprio. 
- As empresas valorizam o lucro e 
menosprezam o capital humano.
- Os idosos continuam andando em pé 
nos ônibus, enquanto as pessoas mais jovens que estão sentadas, fingem que estão 
lendo ou dormindo para não cederem o lugar, até mesmo quando estão sentados nos 
assentos exclusivos para idosos e deficientes.
- A prioridade nas ruas é de passagem 
para os carros e não para os pedestres.
Tudo isto demonstra que a principal 
matéria prima para se construir um pais, que é o povo, está cada dia se tornando 
de péssima qualidade. Esses defeitos, estas espertezas brasileiras, congênitas, 
esta desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui em até se 
converter em casos de escândalos está se tornando todos mais freqüentes nos 
meios políticos.
Esta falta de qualidade humana é 
real e ruim, pois os políticos saem do povo, que é a matéria prima principal de 
um país. Portando, o próximo Presidente que for eleito, vai continuar governando 
com a mesma matéria prima defeituosa, pois os políticos vêm do povo, chegando ao 
poder empreguinados com todas as mazelas aqui relatadas.
Não é preciso ser cientista 
político social para descobrir que os males da corrupção, da desonestidade e da 
insegurança só têm um tratamento que é a eliminação desses vícios. É necessário 
alguém sinalizar um caminho para erradicar primeiramente os vícios que temos 
como povo, para assim elegermos políticos honestos, comprometidos e 
capacitados.
Os mais radicais dizem que tudo 
isto é culpa da democracia, pois o Brasil ainda não estava preparado para tal 
prática. Na minha concepção, como parte desse povo, e por ter também absorvido 
uma boa parte desses vícios, entendo que nós é que devemos resgatar os nossos 
conceitos históricos. Do tempo em que agente se orgulhava de ser brasileiro, de 
se preocupar com o próximo. De praticar o simples ato de desejar um bom dia ás 
pessoas e dos filhos pedirem a benção dos pais antes de sair de casa. 
A tranqüilidade, alegria e as 
qualidades do nosso povo foram atacadas pela epidemia da ganância, 
desonestidade, desrespeito, intolerância, causado pelos vírus da decadência na 
educação social, cultural e religiosa de um país que investe mais em segurança 
do que em saúde e educação.            Com a rapidez que a 
violência está crescendo, não haverá mais espaços para se construir presídios e 
a justiça será obrigada a condenar os réus para cumprir pena 
domiciliar.
Antes de mudarmos os Governantes, 
não devemos esquecer que somos nós “POVOS” que temos de mudar. Mudar os nossos 
conceitos de família: de irmandade, de educador: de religiosidade, em fim, de 
seres humanos. 
Conforme afirma o autor da 
mensagem, para começarmos a mudar, é preciso primeiro procurar o culpado, não 
para condená-lo e sim para exigir-lhe que mude seu comportamento, não se fazendo 
de surdo e desentendido. Portanto, o caminho mais curto para procurar o culpado 
é se olhar no espelho e ver que ele está logo ali na sua frente. Então crie 
coragem e diga-lhe olhando nos seus olhos: “Você tem que mudar, antes de tentar 
mudar os outros!”. 
A maior fraqueza de um homem é ser 
omisso por covardia, desonesto por necessidade, sem cultura por preguiça e 
passar privações por não ter coragem de trabalhar.
Lembre-se sempre: “O Governo é o 
Povo, os Políticos são os instrumentos desse governo”.
“Um país com 
educação e saúde de boa qualidade não necessitará investir em 
segurança”
Cláudio 
Cardoso
Coordenador de Comunicação do MOPEF-CE
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